Segunda-feira,
07 de maio – 8h00min
Rubiluci Almeida
– Setor de Comunicação e Eventos.
Com
propostas para o ensino de Língua Portuguesa, bem como atividades relacionadas
ás orientações para o trabalho coletivo na escola, a equipe do Instituto
Abaporu coordenou na segunda semana de maio (07 a 11), durante os dois turnos, no
auditório do Núcleo da SEE, uma formação cujo foco são os professores das
séries iniciais do Ensino Fundamental, coordenadores e gestores que tem como
modalidade de formação encontros com os respectivos grupos das escolas.
O objetivo é a
consolidação do programa de formação continuada, que visa promover o melhor
diálogo entre os professores e equipe de gestão fortalecendo assim o trabalho
coletivo das escolas, melhorando a qualidade de ensino e elevando os índices de
aprendizagem dos alunos.
A pauta da formação
tomará como base o caderno 4, que
contém propostas de textos e atividades para ensinar os alunos a estudarem e a
lerem melhor, como também os registros da realização das sequencias do referido
caderno em 2011, cujo os trabalhos foram combinados entre as formadoras e os
professores nas capacitações anteriores.
A questão da
leitura
O que
diz o INAF Brasil 2009
O Indicador de Alfabetismo Funcional revela que só um terço dos jovens
brasileiros atingiu a alfabetização plena
Evolução
do indicador
População de 15 a 24 anos.
Ilustrações:
Mario Kanno
Fonte:
Instituto Paulo Montenegro/IBOPE
Recuo
demorado
Faz quase
uma década que as habilidades para ler, escrever e fazer cálculos são avaliadas
no Brasil e o analfabetismo funcional persiste entre os mais jovens. Ele já foi
22% (2001). Em 2009 ainda soma 15%. A julgar pelo ritmo, a batalha para
erradicá-lo será longa.
O que cabe a escola, afinal?
Segundo os Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCNs) de Língua Portuguesa, cabe a escola viabilizar o
acesso do aluno ao universo dos textos que circulam socialmente, ensinar a
produzi-los e a interpretá-los. Isso inclui os textos das diferentes
disciplinas, com os quais o aluno se defronta sistematicamente no cotidiano
escolar e que, mesmo assim, não consegue manejar adequadamente, pois não há um
trabalho planejado com essa finalidade.
Um exemplo: nas aulas
de Língua Portuguesa, não se ensina a trabalhar com textos expositivos como os
das áreas de História, Geografia e Ciências Naturais; e nessas aulas também
não, pois considera-se que trabalhar com textos é uma atividade específica de
Língua Portuguesa. Em conseqüência, o aluno não se torna capaz de utilizar com
proficiência textos cuja finalidade seja compreender um conceito, apresentar
uma informação nova, descrever um problema, comparar diferentes pontos de
vista, argumentar a favor ou contra uma determinada hipótese ou teoria. E essa
capacidade, que permite o acesso á informação escrita com autonomia, é condição
para o bom aprendizado, pois dela depende a possibilidade de aprender os
diferentes conteúdos.