Sexta-feira, 24 de Junho
Janaira Silva_ Assessora de Comunicação do NSEE/CZS.
Professoras Graciele Oliveira e Vângela Luz |
Preocupadas em preservar a natureza e promover a educação ambiental, as
biólogas e professoras Vângela da Luz Almeida e Graciele Oliveira que trabalham na Escola
Estadual de Ensino Médio Dom Henrique Ruth , ensinam os alunos como reciclar o
“óleo de cozinha usado”. Neste primeiro semestre de 2014, Vângela e Graciele
desenvolveram com suas clientelas ações que incentivavam a utilização do
produto reciclado na escola e para consumo próprio.
Estabelecimentos como restaurantes, bares, lanchonetes, pastelarias, hotéis e residências jogam o óleo comestível usado na rede
de esgoto, que são produtos de difícil degradação no meio ambiente porque não se dissolvem e nem se
misturam à água.
As profissionais
desenvolveram esse projeto com o intuito de conscientizar os alunos sobre a
importância da reutilização de óleos vegetais, com intuito de diminuir os
impactos ambientais; incentivar o uso da experimentação na aula de química,
através da produção de sabão caseiro com “óleo de cozinha usado” e essências
naturais.
A idéia do tema
transversal escolhido surgiu durante o planejamento de conteúdos básicos de
Química (ácidos, bases, sais, derivados dos ácidos carboxílicos, álcoois, entre
outros.). O conteúdo básico foi trabalhado normalmente em sala; as experiências
relacionadas à reciclagem do “óleo de cozinha” na produção do sabão foram
realizadas no laboratório de ciências da própria escola. Para amenizar o cheiro
característico do “óleo usado”, utilizou-se como aromatizante, essências
naturais (casca do limão, canela, cravo, florais), extraídas artesanalmente
pelos alunos por meio de fervura e imersão em álcool.
Antes das experiências, os alunos pesquisaram
a respeito do tema, e o mesmo foi discutido em sala. A culminância foi feita
através de exposição dos produtos das experiências (sabão em barra, sabão
líquido e sabão pastoso), no pátio da escola. O sabão produzido foi testado na
limpeza de utensílios e das dependências escolares. Antes de ser testado, o
sabão ficou sendo curado por cerca de 7 dias.
Esta atividade
proporcionou aos alunos a conscientização sobre o efeito dos “óleos vegetais
usados”, quando são descartados no meio ambiente.
“O óleo usado forma uma camada densa que impede as trocas gasosas, se
tornando um problema para rios, lagos e aquíferos. O descarte destas gorduras no esgoto também pode gerar graves problemas de higiene causando seu entupimento, que força a infiltração no solo, contaminando
o lençol freático, ou
atingindo a superfície. Para retirar o óleo e desentupir os canos são empregados
produtos químicos altamente tóxicos, o que acaba criando uma cadeia perniciosa.” Afirmou a professora.
“Uma das maneiras de conscientizar é trabalhar assuntos
importantes como a reciclagem do “óleo usado”, em forma de temas transversais
no ensino básico da química e de outras ciências. Assim, a ideia de produzir
sabão a partir de “óleo vegetal usado”, nas escolas, inclusive para o seu
próprio consumo, surgiu como fator de conscientização dos educandos e da
comunidade escolar em geral.” Enfatizou Graciele.