Núcleo da Secretaria de Educação e Esporte Em Cruzeiro do Sul: Projeto Escolar reduz Malária em área rural.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Projeto Escolar reduz Malária em área rural.

Quinta-feira, 31 de maio – 15h00min.

Rubiluci Almeida – (Setor de Comunicação e Eventos).

Projetos contribuem para a reducão da malária, através de palestras educativas

"Não se pode mais pensar a Educação com a simples visão reducionista de ensinar a ler, escrever e tão somente com o vislumbre da formação profissional. Mais que isso, a escola precisa se comprometer com a cidadania, formando seres humanos plenos e pensantes, que certamente terão maiores oportunidades na vida contemporânea".

Pensando assim, a escola General Rondon, localizada no Ramal da Mariana (Santa Rosa) desenvolveu desde o dia 14 de maio, o “Projeto Malária”, tendo sua culminância durante toda a manhã do dia 31 do referido mês, com atividades diversas, dentre elas, paródia, poesia, música, teatro, distribuição de panfletos, cartazes e até um programa de rádio, todas retratando o tema em questão, com o objetivo de envolver cada vez mais os alunos na prevenção minuciosa do combate a malária.

“Eu aprendi que devemos usar mosquiteiro, não podemos sair à noite, fechar a casa cedo e não sair para o igarapé tarde, que não pegamos malária bebendo água, mas através da picada do mosquito.”, disse a aluna do 5° ano, Marta Paula de Melo.

Para a professora responsável pela escola, Elza Amaral, a educação eficaz é aquela em favorece a formação de cidadãos críticos e bem informados, “O projeto contribuiu de forma muito interessante para os professores e alunos, que trabalharam de forma interdisciplinar e, juntos com a equipe da saúde puderam sanar dúvidas e intensificar os conhecimentos sobre a doença, para uma prevenção mais severa junto à família, diminuindo os riscos de contaminação.”, comentou Elza.

A equipe da “Educação e Saúde” da Endemia trabalhou como parceira no projeto, levando informações detalhadas sobre a doença, formas de contaminação e prevenção, de maneira lúdica, onde os alunos puderam visualizar as larvas e todo o processo de desenvolvimento do inseto através do microscópio, além de diferenciarem o macho da fêmea, exemplificado com o próprio mosquito.

“Esses trabalhos são importantes para combater e controlar a doença. Levar informação para a escola é expandir conhecimento para a comunidade, quebrando a recusa e os mitos com relação à malária, reduzindo significativamente a contaminação”, salientou Michele Maciel, agente de vigilância da Endemia.

Doença infecciosa e parasitária causada principalmente pelos protozoários Plasmodium vivax, Plasmodium malariae e Plasmodium falciparum. É transmitida pela picada do mosquito Anopheles darlingi, sendo uma das doenças que mais mata no mundo, com estimativa de aproximadamente 500 milhões de casos por ano e até três milhões de casos fatais, particularmente em crianças. Ocorre principalmente nos países tropicais da África, Ásia e América Latina, como o Brasil, principalmente na região norte, nos quais o plasmódio se multiplica com facilidade por causa do clima úmido.

O diagnóstico laboratorial são realizados tradicionalmente através do método da gota espessa, um método sensível e específico, mas que exige profissionais treinados e equipamento adequado (microscópio), sendo muitas vezes de difícil execução em campo. Porém nos últimos anos foi desenvolvido o “Teste Rápido”, método rápido, (cerca de 15min) para o resultado, sensível e de fácil execução, que irá facilitar o diagnóstico de malária, principalmente nas regiões endêmicas.

O coordenador estadual de educação, Zequinha Lima parabenizou a equipe escolar e o grupo da endemia, pelo trabalho executado, salientando que os projetos escolares são instrumentos que propiciam a aprendizagem ao saber e ao como fazer. “Vocês criaram situações dinâmicas e estabeleceram relações interdisciplinares pelas descobertas, por meio de ações sequenciais sistematizadas que favoreceram a construção de conhecimentos. Parabéns!”, finalizou.

Trabalhos produzidos pelos alunos