Terça-feira, 07 de Agosto - 10h00min
Fonte: Flaviano Schneider.
(Foto: Onofre Brito) O auditório do Núcleo da SEE lotou de servidores das empresas responsáveis pelos atrasos. |
Centenas de servidores terceirizados da
Educação reuniram-se nesta manhã no auditório do Núcleo de Educação, em
Cruzeiro do Sul, para discutir a questão do atraso de seus salários. Em
Cruzeiro do Sul, além da Coopersege, cooperativa que fornece vigias para
as escolas da zona urbana, ainda terceirizam os serviços a MM, que
fornece serventes (limpeza) e a Engenhacre, que fornece vigias para a
zona rural. Todas estavam em atraso.
O vigilante Vanderlan Breno Moura,
contratado pela Engenhacre, trabalha na Escola Santa Rita e já estava
com dois meses de atraso no recebimento de seu salário; “Eu tenho filhos
pequenos e ainda pago pensão; minha ex-mulher está para endoidar
comigo. Todo dia ela liga. Além disso, tenho contas a pagar e se atrasar
tem os juros. Já há dois anos que os atrasos estão acontecendo. A coisa
está difícil”.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação, Valdenisio
Martins, conta que o sindicato pediu que a SEE mandasse um representante
dos Recursos Humanos para que fosse resolvida a questão não apenas do
atual atraso, mas em definitivo. Segundo Martins, a questão era saber o
responsável pelos atrasos. “A empresa dizia que o culpado era o governo,
que não pagava. O governo dizia que a culpa era da empresa, que não
mandava as certidões”.
A SEE enviou o servidor Rui Moreno e,
segundo o presidente do Sinteac, os problemas foram todos respondidos
para a categoria, ficando definido que o governo não vai mais pagar à
empresa para que ela pague ao servidor; o dinheiro será entregue
diretamente ao servidor. “Quando o governo faz um contrato com a empresa
do setor por três anos, ele já tem o dinheiro para pagar esses tres
anos. Isso significa dizer que os problemas dos servidores terceirizados
que prestam serviço para a educação, acredito que tenha acabado. Vamos
aguardar o primeiro pagamento para a gente ter a solução definitiva”.
Certidão negativa
A MM é a empresa que contrata o maior número de servidores, no total, 284. Segundo seu gerente local, Alexandre Silva Araújo, a firma estava com atraso de dois meses, mas no dia 2, última quinta feira, saiu o pagamento referente ao mês de junho. Até sexta-feira, no máximo, sai o pagamento referente a julho. Os servidores que tiraram férias também receberão até o dia 20 de agosto.
Justificando os atrasos, Araújo conta
que eles aconteceram porque a firma teve dificuldade para tirar uma
certidão negativa gerada pela Receita Federal. Mas, o problema está
sanado segundo disse: “Hoje, o presidente da empresa em Rio Branco me
passou a mensagem de que essa certidão saiu e inclusive já tem uma cópia
aqui no Núcleo”.
Araújo, porém, negou que já esteja
decidido que o governo vai pagar diretamente ao servidor: “Em princípio
isto é apenas uma cogitação. Posteriormente, se houver necessidade, o
governo pode intervir e fazer esse pagamento diretamente, mas até o
momento isso não existe”.
Servidores de ambas as empresas participaram em massa |
Presidente do Sindicato,Valdenísio esclarecendo dúvidas |
Rui Moreno representante da secretária de Educação explanando sobre a proposta |
Em busca de solução pelos atrasos salariais |
Nenhum comentário:
Postar um comentário