sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Em Cruzeiro do Sul aconteceu o 3° Seminário de Educação das Relações Étnico-Racial e de Gênero do Acre.


Quinta-feira, 23 de agosto – 18h00min
Rubiluci Almeida (Setor de Comunicação e Eventos do NSEE).
 
Um dia ensolarado com uma grande possibilidade de muito calor nesta terça-feira (23), no auditório do Núcleo da SEE, não foi o suficiente para tirar a magnitude do 3° Seminário de Educação das Relações Étnico-Racial e de Gênero do Acre, que contou com a presença de pessoas pra lá de ilustres - O Público.
Representantes de diversos segmentos do Sistema Educacional do Estado (governamental e não-governamental) fizeram-se presentes, para discutirem sobre a importância e comprometimento com a temática da educação étnico-racial e de gênero no currículo escolar.

“A importância de debater assuntos em um seminário como esse, se dá pela necessidade de integração sociocultural entre os povos indígenas e não-indígenas. Dentro da educação, os materiais pedagógicos são todos de fora, tornando difícil o fortalecimento da cultura local”, comentou Luís Nukini, coordenador da FUNAI em Cruzeiro do Sul.

Durante o encontro, foram debatidas ações sócio-educacionais desenvolvidas pelas escolas buscando garantir, entre outras mediadas, a implementação efetiva da Lei 10.639/2003, que torna obrigatório o ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira nas escolas de Ensino Fundamental e Médio, substituída, em 2008, pela Lei 11.645/2008, que inclui também o ensino de História e Cultura Indígena.

“Esse trabalho com as escolas é de construção de uma nova relação étnico-racial, em que negros, brancos e indígenas sejam todos respeitados em sua cultura e identidade. Estamos tentando fazer um trabalho de combate ao racismo e a discriminação, que gera violência, um mal estar, que expulsa muitas pessoas de etnias e raças diferentes da escola”, salientou Almerinda Cunha, coordenadora do Fórum.

Ambas as leis alteram a LDB (Lei de Diretrizes e Bases), com o intuito de promover uma educação que reconhece e valorize a diversidade, comprometida com as origens do povo brasileiro, buscando diminuir e brevemente sanar as várias formas de preconceito presentes na sociedade.

É imprescindível compreender o fato da implementação dessas leis, sem significar a obrigatoriedade de colocá-la em primeiro plano, mas oportunizar os estudantes a conhecerem outras referências, indispensáveis a sua formação intelectual, ao entendimento da história da humanidade, e possibilitar romper com a hierarquização da cultura, ou seja, o desafio que a Lei 11.645/08 impõe é trabalhar com as diferenças culturais sem hierarquizá-las, respeitando a diversidade de etnia, raça e gênero.

Na oportunidade, a equipe da SEE realizou na manhã de sexta-feira (24), a oficina Etnomatemática, para os professores, coordenadores e gestores da rede estadual de ensino do Vale do Juruá. Momento em que ambos puderam interagir e trocar experiências direcionadas para o ensino dinâmico da matemática.


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