Quinta-feira,
23 de agosto – 18h00min
Rubiluci
Almeida (Setor de Comunicação e Eventos do NSEE).
Um
dia ensolarado com uma grande possibilidade de muito calor nesta terça-feira
(23), no auditório do Núcleo da SEE, não foi o suficiente para tirar a magnitude
do 3°
Seminário de Educação das Relações Étnico-Racial e de Gênero do Acre, que contou com a presença de
pessoas pra lá de ilustres - O Público.
Representantes
de diversos segmentos do Sistema Educacional do Estado (governamental e
não-governamental) fizeram-se presentes, para discutirem sobre a importância e
comprometimento com a temática da educação étnico-racial e de gênero no
currículo escolar.
“A importância
de debater assuntos em um seminário como esse, se dá pela necessidade de
integração sociocultural entre os povos indígenas e não-indígenas. Dentro da
educação, os materiais pedagógicos são todos de fora, tornando difícil o
fortalecimento da cultura local”, comentou Luís Nukini, coordenador da FUNAI em
Cruzeiro do Sul.
Durante o
encontro, foram debatidas ações sócio-educacionais desenvolvidas pelas escolas
buscando garantir, entre outras mediadas, a implementação efetiva da Lei 10.639/2003,
que torna obrigatório o ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira
nas escolas de Ensino Fundamental e Médio, substituída, em 2008, pela Lei
11.645/2008, que inclui também o ensino de História e Cultura Indígena.
“Esse
trabalho com as escolas é de construção de uma nova relação étnico-racial, em
que negros, brancos e indígenas sejam todos respeitados em sua cultura e
identidade. Estamos tentando fazer um trabalho de combate ao racismo e a
discriminação, que gera violência, um mal estar, que expulsa muitas pessoas de
etnias e raças diferentes da escola”, salientou Almerinda Cunha, coordenadora
do Fórum.
Ambas
as leis alteram a LDB (Lei de Diretrizes e Bases), com o intuito de promover
uma educação que reconhece e valorize a diversidade, comprometida com as
origens do povo brasileiro, buscando diminuir e brevemente sanar as várias
formas de preconceito presentes na sociedade.
É
imprescindível compreender o fato da implementação dessas leis, sem significar
a obrigatoriedade de colocá-la em primeiro plano, mas oportunizar os estudantes
a conhecerem outras referências, indispensáveis a sua formação intelectual, ao
entendimento da história da humanidade, e possibilitar romper com a
hierarquização da cultura, ou seja, o desafio que a Lei 11.645/08 impõe é
trabalhar com as diferenças culturais sem hierarquizá-las, respeitando a
diversidade de etnia, raça e gênero.
Na
oportunidade, a equipe da SEE realizou na manhã de sexta-feira (24), a oficina
Etnomatemática, para os professores, coordenadores e gestores da rede estadual
de ensino do Vale do Juruá. Momento em que ambos puderam interagir e trocar
experiências direcionadas para o ensino dinâmico da matemática.
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